Região Norte



DADOS



A Região Norte engloba sete estados: Amazonas, Tocantins, Acre, Pará, Roraima, Rondônia e Amapá, e é a região mais extensa do Brasil.













Apesar de possuir a maior parte território ainda é a segunda região menos populosa do país, possuindo a menor densidade demográfica brasileira de apenas 4,1 habitantes por quilometro quadrado .


 É a região brasileira mais próxima a linha do equador, por isso tem baixas latitudes e é um bom exemplo de região tropical.

Localiza-se entre o Maciço das Guianas (ao norte), o Planalto Central (ao sul), a Cordilheira dos Andes (a oeste) e o Oceano Atlântico (a noroeste), além de ser banhada pelos grandes rios das importantes bacias Amazônica e do Tocantins.
A região norte participa apenas de uma pequena parte do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, e tem sua economia impulsionada principalmente pelo extrativismo, pela mineração e pelas indústrias.

CLIMA


A localização da região no encontro das massas de ar Equatorial Continental e Equatorial Atlântica, junto com as baixas latitudes, o relevo e a vegetação fazem com que o clima predominante seja o equatorial úmido.



Este clima é caracterizado por altas temperaturas o ano todo, baixa amplitude térmica (baixa variação da temperatura ao longo do ano) e chuvas bem distribuídas o ano todo (alto índice pluviométrico o ano todo).

Entretanto, algumas áreas possuem outro clima, como é o caso do Tocantins e de partes do Pará e de Roraima.
No sudeste do Pará e em todo o Tocantins é identificado o clima tropical, caracterizado por duas estações bem definidas, uma chuvosa, de Dezembro a Maio, e a outra seca, de Junho a Novembro.

Já no noroeste do Pará e no leste de Roraima o clima que predomina é o equatorial semiúmido, com períodos pequenos de seca, temperaturas altas o ano todo e índices pluviométricos inferiores aos do clima equatorial úmido.

As chuvas de convecção chamadas de chuvas de “horas certas” ou chuvas de verão, ocorrem normalmente nos fins de tarde. Estas ocorrem, pois no início do dia as altas temperaturas fazem com que haja grande evaporação, formando grandes nuvens, já no fim do dia com as temperaturas mais baixas, esse vapor d’água se precipita.

Por causa das altas temperaturas, na região norte as chuvas de “hora certa” são muito comuns.


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Algumas áreas dos estados de Roraima e Acre sofrem a atuação do fenômeno La Niña. Isso ocorre pois algumas massas de ar vindas da região sul atingem essas áreas fazendo com que ocorra ali um fenômeno denominado friagem, uma diminuição da temperatura no inverno. Essas áreas são atingidas já que o calor da Amazônia e a de baixa latitude atraem as massas de ar polar.

VEGETAÇÃO


A Região Norte possui grandes áreas de florestas tropicais, como floresta Amazônica, uma estreita faixa de mangue, algumas partes de cerrado, e também de matas galerias. A floresta Amazônica abrange aproximadamente 80% da região Norte.

A faixa de mangue se localiza no litoral dos estados do Amapá e do Pará, nos encontros da água marinha com água doce, formando as chamadas águas salobras, com salinidade variável.

O cerrado na Região Norte se encontra no sul do Pará e no interior do Tocantins, pois é onde está presente o clima tropical, propício a esse tipo de vegetação.

FLORESTA AMAZÔNICA



É a maior floresta do Brasil e do mundo, corresponde a cerca de 42% do território brasileiro e esta presente em três das cinco regiões, Região Norte, Centro-oeste e Nordeste.

Também é conhecida como o pulmão do mundo e possui a maior biodiversidade e o maior rio do mundo, em comprimento e largura . Este rio é o Rio Amazonas, que nasce na Cordilheira dos Andes e deságua no Oceano Atlântico. Além de ser o maior rio do planeta, faz parte da maior bacia hidrográfica do mundo, a Bacia Amazônica.


Na Floresta Amazônica podemos encontrar diversos aspectos de acordo com a localização em relação aos rios.Nas áreas sempre alagadas podemos encontrar a mata de igapó. Um pouco mais para o interior, nas áreas que só são inundadas durante as cheias podemos encontrar a mata de várzea. Nas áreas mais distantes dos rios podemos encontrar a mata grandiosa ou de terra firme, que na região é comumente chamada de mata de caaetê.

                                         Mata de Igapó

                                       Mata de Terra Firme

                                            Mata de Várzea



O desmatamento da Floresta Amazônica vem crescendo muito desde 1960 e hoje é um problema a ser combatido. Se continuar nesse ritmo estima-se que em 2075 restarão apenas 5% do território amazônico original.


Antigamente, os fazendeiros desmatavam em busca de terras agricultáveis, porém as terras amazônicas se tornam inférteis rapidamente, por isso estes desmatavam cada vez mais buscando terras férteis.

Atualmente, desmatam em busca de locais para as grandes latifúndios de soja, para a criação de gado ou para a extração de madeira. Em relação aos últimos anos, o desmatamento vem diminuindo desde 2004 e com as leis ambientais que estão sendo propostas, estima-se que o desmatamento diminua ainda mais.




RELEVO E HIDROGRAFIA



Na região Norte podemos identificar 3 principais tipo de relevo: planície, depressão e planalto. Mesmo possuindo diversas altitudes, a maior parte da região é plana. 
O relevo plano interfere na hidrografia da região fazendo com que os principais rios brasileiros escoem de forma lenta, extensa e volumosa possibilitando a navegação.

Em uma área de planalto da região Norte podemos encontrar o ponto mais alto do Brasil, com 2.993,8 metros de altitude, chamado Pico da Neblina, localizado a noroeste do estado do Amazonas.
A região possui a maior rede hidrográfica do mundo, a Bacia Amazônica. Grande parte dos rios da região percorrem e provem dos planaltos, o que propicia a utilização desses rios na geração de energia elétrica. Entretanto, essa utilização é inviável já que esses rios ficam distantes de centros urbanos e industriais.





ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS



A Região Norte só participa de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, e tem sua economia baseada na atividade industrial, no extrativismo vegetal e mineral, na agricultura e no turismo. Apesar disso,  vale lembrar que o Pólo industrial de Manaus é composto por mais de 500 indústrias e é um destaque na economia nesse setor.
Participação dos estados no PIB nacional(IBGE/2007)
Estados
PIB (em R$ 1 000)% do PIB nacional
Pará
49.507.0001,86
Amazonas
42.023.0001,60
Rondônia
15.003.000
0,56
Tocantins11.094.000
0,42
Amapá
6.022.000
0,23
Acre
5.761.0000,22
Roraima
4.169.000
0,16

 AGRICULTURA



A plantação da soja tem crescido muito na região, mas também podemos ainda 
encontrar culturas como arroz, cacau, mandioca, coco, cupuaçu e maracujá


PECUÁRIA

A região não é propicia para criação de gado por causa da extensa floresta e da falta de campos abertos, esta atividade é muito comum. Mesmo assim é uma atividade comum já que muitos latifundiários derrubam a floresta para implantar os pastos.


EXTRATIVISMO

O extrativismo vegetal que já foi a mais importante atividade da Região Norte, perdeu importância econômica nos últimos anos. Atualmente a madeira é o produto principal extraído da região. A borracha não representa mais a base econômica da região, como foi no século XX, apesar de ainda ser produzida em alguns Estados.

O extrativismo animal, a caça e a pesca, também é praticado na região. Por possuir uma fauna muito rica, a Amazônia oferece grande variedade de peixes, tartarugas e muitas outras espécies. Essa atividade, geralmente, completa a alimentação dos habitantes do Norte.


O extrativismo mineral baseia-se na extração de minerais metálicos, como o
uro, diamantes, alumínio,  ferro e outros, e na extração de minerais fósseis, como o petróleo e o gás natural.



ATIVIDADE INDUSTRIAL

Não há uma grande economia industrial na Amazônia. Existem apenas algumas indústrias isoladas, que se beneficiam de produtos agrícolas ou do extrativismo. As únicas exceções ocorrem em Manaus, onde a isenção de impostos, administrada pela Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), mantém cerca de 500 indústrias.


Entretanto, apesar de empregar grande parte da mão-de-obra local,somente agora foi implantado o Pólo de Biotecnologia, o que possibilitará a  exploração das matérias-primas regionais.  Na maioria das vezes, essas são filiais de grandes indústrias eletrônicas, quase sempre de capitais transnacionais, que produzem aparelhos eletrônicos, relógios, aparelhos de ar-condicionado, suprimentos de informática e outros, com componentes trazidos de fora da região.

Zona Franca de Manaus

Quando a Zona Franca de Manaus foi ampliada, em 1967, por ordem do presidente da época Castelo Branco, o objetivo era atrair para a Amazônia indústrias que baixassem o custo de vida e trouxessem o progresso para a região.

Pensava-se em implantar uma espécie de "porto livre", em que as importações fossem permitidas.  Na Zona Franca de Manaus, habitantes do sul do país encontravam o que havia de mais moderno nas nações industrializadas.

Manaus com a Zona Franca encontraria uma maneira de se tornar uma das cidades mais ricas novamente como fora no século XIX, no ciclo da borracha.  Entretanto, durante a década de 1980, a livre importação foi restringida pelo governo, pois mesmo estava mais interessado em proteger as crescentes indústrias nacionais.  Assim, a região perdia novamente poder.

Por um lado, houve redução na atividade comercial e a infra-estrutura turística montada na época (hotéis e transportes) teve que procurar alternativas de utilização. Por outro, a Zona Franca cumpriu o seu papel, atualmente existe o Pólo Industrial de Manaus (PIM), o Pólo Agropecuário e o Pólo de Biotecnologia, que se revelam promissores para a economia local.


 


ASPECTOS CULTURAIS




Na Região Norte podemos encontrar indígenas e imigrantes de todo o Brasil e do exterior. O fato da população ser muito miscigenada contribui para a grande diversidade cultural da região.

A presença indígena é muito forte, o que faz com que a região mantenha diversas lendas e rituais originários do Brasil. Além disso a herança dos imigrantes africanos é muito importante na cultura.

PRATOS E BEBIDAS TÍPICOS POR ESTADO:


Roraima - Não possui uma comida tipicamente regional mas é comum encontrar os seguintes pratos: carne de sol, paçoca com banana, feita com a mistura de farinha, banana e carne de sol, tapioca feita de goma de macaxeira, guisado de galinha, caldeirada, etc. Entre as frutas podemos destacar: cupuaçu, graviola, buriti e açaí.

Amazonas - A culinária amazonense é uma das mais exóticas do país e tem forte influência indígena. O peixe é a base da alimentação e muitos pratos são temperados com pimenta, uma herança dos índios que não conheciam o sal. Neste local temos à nossa disposição peixes de água doce e deliciosos pratos como, pato no tucupi, tacacá, tambaqui na brasa, pamonha, doce de buriti, pudim de cupuaçu, etc.


Acre - No acre temos uma mistura da cozinha nordestina, paraense, síria e libanesa. Os pratos mais apreciados são: carne de sol, baião de dois, cuscuz de milho, pamonha, tapioca, quibe cru e frito, tabule, esfihas, macaxeira cozida e doces como cocadas, bananadas, açaí, graviola, buriti, cajá e outras frutas típicas.


Rondônia - Assim como nos demais estados, a culinária é a base de peixe, também com muita influência indígena. Possui pratos variados, de outros estados, como caruru, caldeirada de tucunaré, pato no tucupi, tacacá, munguzá e doces de buriti.

Amapá - Neste local podemos destacar pratos como o tucunaré recheado, maniçoba, pescada da gurijuba, camarão ao bafo, etc. Na sobremesa são consumidas as frutas típicas: bacuri, mucajá, murici, pequiá e outras.

Pará - Na culinária paraense há uma grande influência indígena e grande utilização de produtos retirados da floresta amazônica. A base da cozinha do Pará é a mandioca, utilizada no preparo de beijus, pirões e mingaus. Podemos encontrar em diversas preparações também a castanha-do-Pará. Outras preparações como pato no tucupi, maniçoba, jambu e tacacá também são bastante consumidos.




A REGIÃO NORTE E A SUSTENTABILIDADE



A região Norte abriga uma das maiores florestas do mundo, a Floresta Amazônica, o que infelizmente abriu espaço para uma séria questão ambiental a ser discutida e resolvida no nosso país: o desmatamento. As áreas verdes da região vem sofrendo um processo de destruição gradativa e a ONU (Organização das Nações Unidas) declarou que caso não haja uma radical redução nos índices de desmatamento a floresta acima citada desaparecerá em cerca de 70 anos. 


O desflorestamento atingiu números gritantes, o que trouxe para 2009 os problemas de “longo” prazo do corte desenfreado de árvores. Já nos dias de hoje, centenas de espécies vão a extinção por conta da destruição do seu habitat natural e o chamado “pulmão do Brasil” mostra ineficácia em diminuir a emissão de gás carbônico no país.




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