quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Desertificação

 Já não bastassem os tenazes períodos de estiagem que castigam o nordeste brasileiro recorrentemente, o processo de desertificação do solo também vem se agravando nos últimos anos, prejudicando o ecossistema e a população locais. 
A desertificação ocorre, auxiliada pelo elevado índice de aridez de determinadas áreas, devido à utilização insustentável de recursos hídricos e da desnutrição do solo, principalmente em razão da atividade agropecuária. 

Na região Nordeste encontram-se quatro núcleos de desertificação intensa: Gilbués (PI), Irauçuba (CE), Seridó (RN) e Cabrobó (PE). A infertilidade da terra nessa área de por volta de 18.743,5 km² acomete os moradores que, sem esperança de ver a terra seca voltar a germinar, enquadram-se num panorama de pobreza e numa paisagem de desolação. As consequências desse processo no âmbito social são devastadoras: a oferta de alimentos é brutalmente reduzida e há um aumento incisivo na taxa de desemprego, assim causando a migração dos moradores ou a procura por recursos para sobrevivência em outras cidades.
No Nordeste e no norte do estado de Minas Gerais existem 1200 municípios suscetíveis à desertificação. O desmatamento, sobrepastoreio, salinização do solo, mineração e prática de queimadas são as principais causas da desertificação no Nordeste.

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