Ritmo
de crescimento caiu de patamar acima de 4%, em 2010, para 2,7% no ano passado
RIO — A fiscalização contra o
desmatamento está reduzindo o ritmo de crescimento da criação de bovinos na
região Norte, informa a pesquisa de Produção Pecuária Municipal divulgado pelo
IBGE nesta quinta-feira. Entre 2010 e 2011, a expansão no número de animais na região
foi de 2,7%, abaixo das taxas nos anos anteriores. Em 2008 e 2009 o crescimento
havia sido superior a 3% e, em 2010, chegou a ultrapassar os 4%.
O Norte detém o segundo maior rebanho do
país, com mais de um quinto (20,3%) de todos os bovinos do país, ficando atrás
apenas do Centro-Oeste (34,1%). Apesar disso, o município com o maior número de
cabeças no Brasil é o paraense São Félix do Xingu. Ele abriga mais de 3,4
milhões de cabeças de animais de grande porte, ou 1,6% dos 212,7 milhões de bovinos
brasileiros. São quase 38 bovinos para cada um dos seus 91 mil habitantes. No
país como um todo, o rebanho bovino cresceu 1,6% no ano passado.
Apesar de o aperto da fiscalização ter
freado a proliferação de bovinos no Norte, ainda é lá um dos lugares onde o
rebanho mais cresce. Embora a maior expansão, de 2,9%, tenha sido registrada no
Nordeste, a região detém fatia bem menor do rebanho nacional (13,9%). No
Sudeste, o avanço foi de 2,8%. Como comparação, o número de cabeças manteve-se
estável nas regiões Centro-Oeste e Sul em 2011.
Entre os animais de médio porte, o
rebanho de ovelhas foi o que mais cresceu no Brasil na
comparação entre 2010 e
2011 (1,5%). Depois vêm os suínos (0,9%) e, por último, os caprinos (0,7%).
Em relação aos de pequeno porte, no mesmo
período, o número de codornas teve forte
crescimento, de 19,8%. Como
consequência, o volume de produção de ovos de codorna cresceu 12,1%. Já o
número de coelhos avançou 3,2%, enquanto o de galinhas ficou 2,6% maior e de
galináceos expandiu (2,2%).
Quanto aos produtos de origem animal,
além dos ovos de codorna, houve expansão importante na produção de mel de
abelha (9,4%). Também foram produzidos 4,5% mais ovos de galinha no ano
passado. A produção de leite avançou no mesmo ritmo, embora o IBGE tenha
observado que o rebanho leiteiro do Brasil seja pouco eficiente na comparação
com países rivais nesse mercado. Enquanto uma vaca europeia produz, em média,
praticamente 6 mil litros por ano, o animal brasileiro dá apenas 1.382 litros . O
Brasil, sexto maior produtor mundial, também perde em produtividade para os
concorrentes EUA (5,7 mil litros), China (4.166 litros ) e Índia
(1.973 litros ).
O único item cuja produção encolheu de um
ano para o outro foi o casulo de bicho-de-seda, cuja queda foi de 11,8%.
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